Wednesday, May 07, 2008

Baudelaire.....

Outro dia estava lendo no jornal uma entrevista com o Woody Allen, ele falou uma coisa e eu agora conversando no msn lembrei disso.... "o sonho de todo escritor de dramas é escrever uma comédia"... e olha... é mesmo.

Mas não consigo, aliás, tampouco consigo escrever algo hoje por aqui, lembrei de outro cara famoso, o Charles Baudelaire, ele tem um livro que se chama "As flores do mal", se trata de um livro de poesias, nem todas são simples de se compreender, ele escreve no fim do séc XIX sobre a sociedade que ele vive... coisa que muita gente fez e tenta fazer, uns com mais outros com menos sorte.
Ao contrário dele, não sou nada genial e como ja fiz outras vezes... ai vai um pouco de alguém que sabe sobre aquilo que está falando....

O RELÓGIO
Relógio! Deus sinistro, hediondo, indiferente,
Que nos aponta o dedo em riste e diz: “Recorda!
A Dor vibrante que a lama em pânico te acorda
Como num alvo há de encravar-se brevemente;
Vaporoso, o Prazer fugirá no horizonte
Como uma sílfide por trás dos bastidores;
Cada instante devora os melhores sabores
Que todo homem degusta antes que a morte o afronte.
Três mil seiscentas vezes por hora, o Segundo
Te murmura: Recorda! - E logo, sem demora,
Com voz de inseto, a Agora diz: Eu sou o Outrora,
E te suguei a vida com meu bulbo imundo!
Remenber! Souviens-toi! Esto memor!(Eu falo
Qualquer idioma em minha goela de metal.)
Cada minuto é como uma ganga, ó mortal,
E há que extrair todo o ouro até purificá-lo!
Recorda: O Tempo é sempre um jogador atento
Que ganha, sem furtar, cada jogada! Ë a lei.
O dia vai, a noite vem; recordar-te-ei!
Esgota-se a clepsidra; o abismo está sedento.
Virá a hora em que o Acaso, onde quer que te aguarde,
Em que a augusta Virtude, esposa ainda intocada,
E até mesmo o Remorso(oh, a última pousada!)
Te dirão: Vais morrer, velho medroso! É tarde!”


É meu predileto....


Beijo na testa

Tuesday, May 06, 2008

Conversa

De hoje em diante eu sei que não ando sozinho
De agora e até sempre eu vou olhar para o lado e perceber
Que até nesse inferno há companhia
Que há abrigo para esse frio que queima
Hoje eu escuto os gritos no trem...
Agora dá até para sentir o cheiro de toda essa sujeira
Até parece que eu faço parte de toda essa obra
Há horas que na verdade eu sou a mentira
Diante di ti pode parecer que não
Até que hoje ficou tudo bem, não?
Nesse rio sujo cheio de impressões novas
Abrigo todo o meu amor por ti
Eu, pobre, aflito, com medo
Agora penso em como isso tudo é doido
Sentir as palavras indo e vindo... sempre chorando e se repetindo
Há horas que na verdade eu sou a mentira
Como essa repetição, esse poema


Beijo na testa

Sunday, May 04, 2008

Desespero

Ah ... eu pensei em outros versos...
Pensei na tristeza que me traz aqui
No quanto me conforta este refúgio
De escrever ao que eu vivi
É frio, minhas mãos gelam
Eu te espero tanto aqui
Te abraço como algo raro
Eu sinto como algo raro...
Eu estou perdendo esse meu tesouro
E eu pensei em outros versos
Outros versos de dias felizes...
De quando não se previa
Que esse medo todo chegaria
Te abraço como algo raro
Mas nas conversas te sinto distante
Quero tanto tudo bem
Quero tanto seu alivio...
Parece que não é comigo
Mas fica bem...
que se for
Eu não ligo


Beijo na testa...